segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A MULHER E A DEPENDÊNCIA QUÍMICA



Por que há pouquíssimos centros de recuperação para as mulheres - a maioria das clínicas é destinada aos homens? As mulheres encontram uma grande barreira para a sua recuperação: a vergonha de se expor.
De uns tempos para cá – coisa de um a dois anos – que a mulher percebeu que ela não está sozinha nesta luta. Cada vez mais, as mulheres pedem ajuda em Postos de Saúde onde há atendimento para a saúde mental, algumas vezes usam a mídia (sem expor seu rosto) para pedir ajuda, mas mesmo assim as clínicas de recuperação femininas são consideradas inexistentes. A mulher é vista – eu já enfrentei isto – como viciada em ansiolíticos, acetona, esmalte e produtos capilares usados para relaxamento e/ou alisamentos. E o universo da mulher adicta não se resume a este mundo. A mulher consome drogas como qualquer pessoa – homem, adolescente ou menor. E ela usa os mesmos meios de conseguir droga como qualquer outra pessoa que fica fissurada e não sabe e não tem como conseguir a droga necessária para aquele momento. Chega muitas vezes a “trocar” o seu corpo por “uma pedra”, “uma carreira” ou “uma bala”.


Quando se fala em adicção, uso de drogas, dependência química, seja qual o nome que preferir usar, o sofrimento é o mesmo, não há diferença de quantidade, de ser mais ou menos “pesada”. Droga é droga e ela destrói o caráter, a capacidade de ser alguém, a perspectiva de vida, o respeito, o amor próprio não importa se é homem ou mulher.


As pessoas que estão envolvidas com a recuperação de um (a) dependente químico devem ter um olhar aguçado e o coração preparado para acolher e tratar esta pessoa que precisa de uma mão estendida para ajudá-la, para trazê-la de volta à realidade, ao mundo “dos vivos”.






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